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Sistemas Silvipastoris: uma alternativa para projetos de seqüestro de carbono |
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O aumento desproporcional da concentração de gases efeito estufa – GEE’s na atmosfera no decorrer do último século, em função da atividade humana, levou a comunidade internacional a criar e estabelecer instituições e organismos voltados para a gestão deste problema. Durante a Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente, realizada no Rio de Janeiro em 1992, foi criada a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – UNFCCC, representando um esforço global de cerca de 180 países no sentido de estabilizar as emissões de GEE’s. Após a entrada da UNFCCC em vigor, em 1994, passaram a ser realizadas anualmente reuniões entre os representantes dos países signatários para a tomada de decisões em relação às mudanças climáticas. Estas reuniões foram denominadas de Conferência das Partes – COP. A terceira conferência das partes – COP 3, realizada em Quioto, Japão, em 1997, culminou com o estabelecimento do Protocolo de Quioto que estabeleceu metas de redução de emissões para os países industrializados (5,2% em média) abaixo dos níveis observados em 1990, no período compreendido entre 2008 e 2012. Dentre os mecanismos estabelecidos como uma forma de viabilizar o alcance dessas metas dos países desenvolvidos, o mais importante para os países em desenvolvimento é o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo – MDL, que tem como objetivo assistir aos países não desenvolvidos, para que elas atinjam o desenvolvimento sustentável e contribuam para o objetivo final da Convenção. Este mecanismo permite que os países desenvolvidos financiem projetos de redução de emissões ou seqüestro de carbono em países em desenvolvimento, como forma de cumprir seus compromissos e, ao mesmo tempo, contribuir para o desenvolvimento sustentável dos países emergentes. Dentre os projetos elegíveis para mitigação de emissões vale destacar os projetos de florestamento e reflorestamento, incluindo aí a possibilidade de Sistemas Agroflorestais.
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Tabela 1. Volume total (VT), biomassa e carbono estocados (por hectare) no fuste das árvores de Eucalyptus grandis por classe de diâmetro aos 10 anos de idade. |
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* Considerando uma densidade de 620 kg/m3, para E. grandis com 11 anos de idade (BRITO & BARRICHELO, 1977). |
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Tabela 2. Volume total (VT), biomassa e carbono estocados (por hectare) no fuste das árvores de Acacia mangium por classe de diâmetro aos 10 anos de idade. |
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* Considerando uma densidade de 524 kg/m3 (Vale et al., 1999) |
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Considerando as duas espécies arbóreas, estimou-se um total de 31,74 Mg ha-1 de biomassa e 14,29 Mg ha-1 de carbono. GIRALDO et al. (2007) encontraram resultados semelhantes para sistemas silvipastoris de Acacia mangium consorciada com Brachiaria dyctioneura, com densidade de 100 plantas por hectare. Segundo o autor, somente para a parte aérea do componente florestal foi estimado um total de 30,22 Mg de biomassa seca por hectare.
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Esta é a edição nº 16 do informativo eletrônico, Panorama do Leite, de 11 de março de 2008, uma publicação mensal de responsabilidade do Centro de Inteligência do Leite CILeite, criado em parceria entre a Embrapa Gado de Leite e a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais – Seapa. Embrapa Gado de Leite – Chefe-geral: Paulo do Carmo Martins, Chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento: Pedro Braga Arcuri, Chefe-adjunto de Comunicação e Negócios: Marne Sidney de Paula Moreira e Chefe-adjunto de Administração: Luiz Fernando Portugal Silva. Editora Geral: Rosangela Zoccal. Coordenador de Jornalismo: Rubens Neiva. Redação: equipe técnica do CILeite. Colaboração: Vanessa Maia A. de Magalhães. Projeto gráfico: Marcella Avila. Editoração eletrônica: Angela de Fátima A. Oliveira e Leonardo Fonseca. Estagiário: Milana Zamagno. |
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