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A produção brasileira de leite tem aumentado com o decorrer dos anos. De 1998 a 2008 a produção cresceu 45% em volume, com estimativa em 2008 de 27 bilhões de litros de leite. O estado de Minas Gerais, que se destaca como um dos principais geradores de renda e produtos da economia brasileira, consolida cada vez mais como maior produtor de leite entre as unidades da federação, produziu, em 2007, 7,3 bilhões de litros de leite, 32% a mais em relação a 1998, e a estimativa de 2008 é de que foram produzidos 7,5 bilhões de litros de leite, como se observa na figura 1. Não obstante, ocupa também a posição de estado com o maior rebanho de vacas em lactação, aproximadamente cinco milhões em 2007 segundo dados do IBGE.
Figura 1 - Produção de leite nos sete principais estados brasileiros, 2008*
*estimativa da Embrapa Gado de Leite
Minas Gerais está dividido em 12 mesorregiões, dentre elas o Triângulo Mineiro / Alto Paranaíba, destaca-se como maior produtora, com cerca de 1,8 bilhões de litros, seguida pelo Sul/Sudoeste de Minas com 1,3 bilhões de litros. A Zona da Mata de Minas Gerais está em terceiro lugar, com 762 milhões de litros, como pode ser observado na figura 2. Entre as mesorregiões, as que mais cresceram em volume de leite, no período de 1998 a 2008, últimos dez anos, foram o Noroeste e Norte Mineiros. Neste período a única mesorregião que reduziu a quantidade produzida foi o Jequitinhonha, 37%. Em valores absolutos, o maior crescimento foi do Triângulo Mineiro / Alto Paranaíba, com 475 milhões de litros de leite, seguido pela mesorregião Sul / Sudoeste com 215 milhões de litros. A Zona da Mata durante os últimos dez anos aumentou aproximadamente 200 milhões de litros, que representam 54 mil litros diariamente.
Figura 2 - Produção de leite e taxa de crescimento nas mesorregiões de Minas Gerais, 2008*.
*estimativa da Embrapa Gado de Leite
O mesmo cenário se observa em quantidade de vacas em lactação, o Triângulo Mineiro / Alto Paranaíba conta com cerca de um milhão de animais e a mesoregião Sul / Sudoeste com aproximadamente 750 mil animais. A Zona da Mata é a terceira em rebanho com cerca de 465 mil.
Avaliando os dados de produtividade animal, medida em litros de leite por vaca ordenhada, observa-se que a mesorregião de Campo das Vertentes é a mais produtiva, com 2.087 litros/animal/ano, seguida por Oeste de Minas com 1.983 litros/animal/ano, segundo dados de 2007. Segundo uma previsão da Embrapa Gado de Leite para 2008, o ranking de produtividade permanecerá o mesmo, estando Campo das Vertentes com 2.094 litros/animal/ano e Oeste de Minas com 2016 litros/ano. As mesorregiões que mais cresceram a produtividade de 1998 a 2008 foram: Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba (34%), Vale do Rio doce (30%) e Noroeste de Minas (28%).
Entre as microrregiões mineiras a mais produtiva é a de Patos de Minas, 328 milhões de litros, seguida por Frutal (328 milhões) e Araxá com 317 milhões. Em 2008, Patos de Minas contou com um volume de 335 milhões de litros, Araxá com 326 milhões e Frutal com 325 milhões de litros, como se pode observar na figura 3. Em produtividade média, a microrregião de Lavras tem o maior índice de 2.600 litros/animal/ano, em 2008, 17% a mais em relação a 1998. A microrregião de menor produtividade é de Pedra Azul com um índice de 398 litros/animal/ano.
Figura 3 - Produção de leite em microrregiões de Minas Gerais, 2008* (milhões de litros).
*estimativa da Embrapa Gado de Leite
A Zona da Mata compreende sete microrregiões: Juiz de Fora, Cataguases, Ubá, Viçosa, Muriaé, Ponte Nova e Manhuaçu, e produz anualmente 729 milhões de litros de leite com uma produtividade de 1.564 litros/animal/ano em 2007, com uma previsão de 762 milhões de litros produzidos e produtividade de 1.585 litros/animal/ano. Entre as microrregiões da Zona da Mata, Juiz de Fora é a mais produtiva, com aproximadamente 200 milhões de litros anuais, sendo o município de Juiz de Fora, também o que mais produz, com cerca de 30 milhões de litros anuais, 41% a mais em relação a 1998, segundo dados do IBGE. A segunda microrregião da Zona da Mata mais produtiva é a de Cataguases, com cerca de 155 milhões de litros, e previsão de 158 milhões em 2008 como se pode observar na figura 4.
Figura 4 - Produção de leite em microrregiões da Zona da Mata, 2008* (milhões de litros).
*estimativa da Embrapa Gado de Leite
Juiz de Fora também ocupa o lugar de líder em rebanho; a região possui cerca de 128 mil vacas em lactação, seguida por Cataguases com um rebanho de quase 85 mil animais em lactação. O mesmo cenário não é observado quando analisada a produtividade de cada microrregião. Cataguases possui o melhor índice com média de 1.828 litros/animal/ano, seguida por Muriaé com 1.691 litros/ano. Manhuaçu possui a pior média produtiva, que é de cerca de 1.033 litros.
Campo das Vertentes produz anualmente cerca de 290 milhões de litros, o melhor resultado de 2007 em relação às outras, e, com um rebanho de vacas em lactação de quase 140 mil animais, conta com uma produtividade média de 2.111 litros/ano. A previsão de produção, em 2008, foi cerca de 290 milhões de litros, 220 mil litros a menos em relação ao ano anterior, com um rebanho de 138,5 mil animais e uma produtividade de 2.094 litros/animal/ano. A mesorregião compreende três microrregiões: Lavras, São João Del Rei e Barbacena. São João Del Rei e possui o melhor nível de produção, 114 milhões, seguido por Lavras com 103 milhões e Barbacena com 74 milhões de litros. Em quantidade de vacas em lactação São João Del Rei lidera com 58 mil animais, logo após tem-se Barbacena, 41 mil animais e Lavras, 40 mil. A média de produtividade é de 2.585 litros/animal/ano em Lavras, 1.953 litros em São João Del Rei e em Barbacena 1.795 litros/animal/ano.
A produção mineira, estimada em 7,6 milhões de toneladas em 2008, bate recorde em volume produzido. Os fatores que estimularam esse crescimento foram o crescimento no preço dos produtos lácteos nos primeiros sete meses do ano passado em relação ao mesmo período do ano anterior e, também, o investimento de empresas adquirindo e ampliando indústrias de laticínios existentes no Estado.
Minas que é líder em produção e rebanho tem o desafio e, talvez, a obrigação de usar mais eficientemente seus recursos e buscar cada vez mais melhores índices de produtividade.
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